Ter quem te acolha e te traga flores mesmo de mãos vazias, pois a presença também é um verdadeiro jardim. Ter um peito onde deitar, um ombro onde encaixar a cabeça e repousar os pensamentos escuros de um dia muito claro, mas confuso. Ter um perfume preferido para procurar na multidão e um par de olhos aflitos para encarar. Ter um coração onde o colar o seu. Ter para onde ir, voltar, correr, estacionar. Ter a quem recorrer. E ter quem desperte o sábado nublado não como um dia novo, mas como um ano inteiro a sorrir pela frente. E quem fique, ainda que vá. E quem diga, ainda que cale. E quem ame, ainda que falhe. Ter a quem amar… Em quem se acabar.


_Julhio Cesar

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