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De você não guardei lembranças, só saudade... Por vezes tento me lembrar das conversas, dos pedidos,   mas o que restou foram as sensações  e, de todas elas, o seu abraço é a que eu nunca esqueci...
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"(...) poderia me dizer, por favor, que caminho devo tomar para ir embora daqui?" Perguntou Alice. "Depende bastante de para onde quer ir", respondeu o gato. "Não importa muito para onde", disse Alice. "Então não importa que caminho tome", disse o gato. (...) "Contanto que eu chegue a algum lugar", Alice acrescentou à guisa da explicação. "Oh! Isso você certamente vai conseguir, afirmou o gato, "desde que ande bastante."
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Ah, como eu queria que o vento levasse nossas asperezas, nossos ruídos, nossas palavras duras. E que nosso coração não empilhasse uma mágoa em cima da outra. E que a gente cicatrizasse rápido. E que as cicatrizes se transformem em marcas bonitas. (Clarissa Corrêa)
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Dizem que antes de um rio entrar no mar, ele treme de medo. Olha para trás, para toda a jornada que percorreu, para os cumes, as montanhas, para o longo caminho sinuoso que trilhou através de florestas e povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto, que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre. Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar. Ninguém pode voltar. Voltar é impossível na existência. O rio precisa de se arriscar e entrar no oceano. E somente quando ele entrar no oceano é que o medo desaparece, porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano . (Osho) Ps: Me adentrando ao mar...
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  Ah, não estar parado nem a andar, Não estar deitado nem de pé, Nem acordado nem a dormir, Nem aqui nem noutro ponto qualquer, Resolver a equação desta inquietação prolixa, Saber onde estar para poder estar em toda parte, Saber onde deitar-me para estar passeando por todas as ruas, Saber onde, (...) (Álvaro Campos; Passagem das horas.)
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Eu tenho acesso ao teu coração. Um aceso limitado, é verdade, só tenho uma  uma senha, justo teu coração tão cheio de senhas, e ela me leva apenas à um lugar que eu inventei pra mim, dentro de você. Caminho pela intuição, mas pode chamar de piração onde é sempre noite. Lá eu posso ver o teu céu. Está sempre encoberto, mas não de todo. Dá pra ver uma estrela. E umas nuvens que formam desenhos desconexos. Dá pra ouvir as tuas músicas e entender as tuas mágoas. Não é grande, porque eu nunca fui espaçosa, mas tem espaço o suficiente para armazenar tudo que eu acho bonito em você, e também para correr entre a brisa das tuas lembranças mais caras, de você menino, de você descobridor dos sete mares, dos ares e das cenas de amor por mim. Às vezes sinto um descompasso. Todo o teu coração bate diferente deste pedacinho que eu inventei pra mim. É doido porque é o meu sangue que corre nessas veias metafóricas, que detestam rejeição. É daí que eu vejo como é pequeno este espaço. Sinto-me invas
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Quando era jovem, eu a mim dizia: Como passam os dias, dia a dia, E nada conseguido ou intentado! Mais velho, digo, com igual enfado: Como, dia após dia, os dias vão, Sem nada feito e nada na intenção! Assim,naturalmente, envelhecido, Direi, e com igual voz e sentido: Um dia virá em que já não Direi mais nada. Quem nada foi nem é não dirá nada. (Álvaro de Campos.)