Há tempos engulo a seco
O gosto amargo
Do que eu pressinto.
Há tempos
Estendo em varais
Os trapos da úmida sensibilidade.
Há tempos chovo
Depois de seca
As lágrimas da infelicidade -
Minha chuva alimenta
O chão árido que sustenta
As árvores secas
Que não frutificam.
Há quem chova,
Há quem se molhe
Há quem escorra
Enquant'outro morre.
O gosto amargo
Do que eu pressinto.
Há tempos
Estendo em varais
Os trapos da úmida sensibilidade.
Há tempos chovo
Depois de seca
As lágrimas da infelicidade -
Minha chuva alimenta
O chão árido que sustenta
As árvores secas
Que não frutificam.
Há quem chova,
Há quem se molhe
Há quem escorra
Enquant'outro morre.
(Rebeca dos Anjos)
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